"Somente a ovelha negra fica impune
Enquanto o bom pastor toca a sua flauta"
(Luís Antonio Cajazeira Ramos)
Há um cacto morto na linha do horizonte
Esta terra, de não sei onde, já não é verde.
Estes rios secos sem inverno nem utilidade
Fornecem a imagem tal qual a de um deserto.
Andarilho dos sonhos partidos, cansados
Caminha em busca de sua musa Felicidade.
Com todas as suas verdades negadas
Segue fantasma, segue enfermo, coitado.
Água: só a lembrança do poço vazio
Sombra: só a das rachaduras
Vida: só a do aroma da semente murcha
Alegria: não aqui, junto ao estio.
No caminho acha um pasto, bonito pasto
Onde sós, ovelhas negras, residem o sonho pastoril.
(Fabrício de Queiroz e Max da Fonseca)
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