22 de agosto de 2008

TRANSPORTE COLETIVO

E lá estava eu,
entre estrada e terra seca,
suando o cansaço dos sofridos;
chorando a solidão dos perdidos,
-entretido em minha dor-
quando ela incomodou.

(fechei o livro)

"Mas que gentileza de incômodo!",
pensei eu...
me olhava com seus olhos infantis,
como quem admirasse o brinquedo na vitrine;
ou mesmo como se já o possuísse, fosse seu;
a posse já nem importa,

somente sua pergunta despretensiosa:

"Onde comprou?"
-falava dum brinquedo ou do livro?-
minha lira se falou... loas!
tantas coisas boas se findaram dali
horas e mais horas, perdendo compromissos;
o seu ponto chegou e Fernanda me sorriu.

-tenho medo de sorrisos,
mas o seu me agradou-

(Max da Fonseca)

3 comentários:

Anônimo disse...

Muito lindo... Perfeito aos olhos dos homens, tu e seus versos, cada palavra que geram da tua bela inspiração... Sou feliz por ter te conhecido...tenho débito de gratidão á este "transporte coletivo" que me aproximou de ti...

Anônimo disse...

oi mocinho...


voltei a postar lá no blog!!

te espero por lá...beijos

Fabrício de Queiroz disse...

Gostei muito desse poema... está despretensioso e solto, um pouco diferente do ´seu comum'.

Abraço


A Xícara está de pé!