Ao Vermelho.
Na caixinha mundial a bailarina dança,
me encanta seus movimentos lineares.
Circunflexamente rodopia à emoção
e meu coração, percussivamente,
acompanha o contrapasso.
Geralmente vou passando,
atestando a transitoriedade de tudo,
mas há algo no seu mundo.
Há algo que me muda, me contorna,
e me convence da vontade de ficar.
-Bailarina, quando te tenho em meus braços
me encontro em suas mãos.
É que são tantos teus encantos
Que os tantos santos me contidos
se convertem em oração:
"Ave maria dos meus versos mudos,
não vês?! Hoje quero tudo:
Todas as contas tortas dos amores loucos;
todas as portas certas pra felicidade plena;
todas as alegrias pequenas que compõem a vida
-intensa-.
Quero mais: a Lua, a paz;
você."
(Max da Fonseca)
6 comentários:
[Pedindo desculpas pelos poemas lidos e comemtários não feitos]
Interessante como cada vez mais seu domínio sobre o 'explanar', sobre o dizer e ser compreendido, é mais evidente; é mais individual; é mais original. Ao me permitir colher sua poesia percebi - e continuo me alegrando - o quão bem ela me faz. Ela me elucida, me ilumina.
Podem lhe tirar a carne, quem sabe até a cabeça (hehe) mas sua poesia é só sua, irmão, e ninguém tasca...
Ingênuo enleio de surpresa.
Sutil afago em seus sentidos,
Foi para mim tua beleza,
A tua voz nos meus ouvidos.
Ao pé de ti, do mal antigo.
Meu triste ser convalesceu,
Então me fiz teu grande amigo,
E teu afeto se me deu.
Mas teu corpo tinha graça
Das aves... Musical adejo...
Vela no mar que freme e passa...
E assim nasceu o meu desejo.
Depois, momento por momento,
Eu conheci teu coração,
E se mudou o sentimento
Em doce e grave adoração.
Um Manuel Bandeira, pra você...
Seu lindo, você me faz bem!
E os pés da Bailarina? Dança em nuvens?
um poema de amor que não se rende a simplismos... algo tão raro, hoje em dia...
abraços
Teve um negocio no final ali que..
Meu deus ...
Bonito.
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