20 de dezembro de 2008

A BAILARINA

Ao Vermelho.

Na caixinha mundial a bailarina dança,
me encanta seus movimentos lineares.
Circunflexamente rodopia à emoção
e meu coração, percussivamente,
acompanha o contrapasso.

Geralmente vou passando,
atestando a transitoriedade de tudo,
mas há algo no seu mundo.
Há algo que me muda, me contorna,
e me convence da vontade de ficar.

-Bailarina, quando te tenho em meus braços
me encontro em suas mãos.
É que são tantos teus encantos
Que os tantos santos me contidos
se convertem em oração:

"Ave maria dos meus versos mudos,
não vês?! Hoje quero tudo:
Todas as contas tortas dos amores loucos;
todas as portas certas pra felicidade plena;
todas as alegrias pequenas que compõem a vida
-intensa-.
Quero mais: a Lua, a paz;
você."

(Max da Fonseca)

6 comentários:

R.Guimaraens disse...

[Pedindo desculpas pelos poemas lidos e comemtários não feitos]

Interessante como cada vez mais seu domínio sobre o 'explanar', sobre o dizer e ser compreendido, é mais evidente; é mais individual; é mais original. Ao me permitir colher sua poesia percebi - e continuo me alegrando - o quão bem ela me faz. Ela me elucida, me ilumina.

Podem lhe tirar a carne, quem sabe até a cabeça (hehe) mas sua poesia é só sua, irmão, e ninguém tasca...

Unknown disse...

Ingênuo enleio de surpresa.
Sutil afago em seus sentidos,
Foi para mim tua beleza,
A tua voz nos meus ouvidos.

Ao pé de ti, do mal antigo.
Meu triste ser convalesceu,
Então me fiz teu grande amigo,
E teu afeto se me deu.

Mas teu corpo tinha graça
Das aves... Musical adejo...
Vela no mar que freme e passa...
E assim nasceu o meu desejo.

Depois, momento por momento,
Eu conheci teu coração,
E se mudou o sentimento
Em doce e grave adoração.


Um Manuel Bandeira, pra você...

Seu lindo, você me faz bem!

Rafiki Papio disse...

E os pés da Bailarina? Dança em nuvens?

Alisson da Hora disse...

um poema de amor que não se rende a simplismos... algo tão raro, hoje em dia...

abraços

Denisson Palumbo disse...

Teve um negocio no final ali que..
Meu deus ...

Anônimo disse...

Bonito.


A Xícara está de pé!