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Sentei em uma mesa estranha -acompanhado
Tomei um café amargo -triste café
Brindei em louvor a todos os sentimentos clichês
E me entreguei de vez a embriaguez de poesia
Rabisquei palavras ordinárias em um guardanapo
Limpei a merda do cu e paguei em dinheiro a bebida
Tomei a “saideira” pra sarar as feridas - lazarento
Eu nojento. Sou essência inversa de alegria.
Mascarado na intimidade - armado até os dentes
Não há deus que me subjugue, nem coração que me caiba
Sou ancião de pouca idade. Sentes? Doente, triste poeta.
Retorno ao meu lar, o quarto - esconderijo apedrejado
Vejo meus morcegos a gritar seus ais, marejados -raiva
Eu rastejo como cobras-emplumadas, nos pantanais:
Não há deus que me subjugue, nem coração que me caiba.
(Max da Fonseca)
6 comentários:
Existem 2 Max.
Eu os conheço. Em um moro o menino, joga bola, surfa. No outro mora um poeta cansado que amaldiçoa in verdades e cospe na mão do criador... ou será do cria-dor?
fato é que os Maxis.. rsrs. São extra terrestres
chutam latas em terreno baldio..
São extra de qquer jeito..
To curtindo mais. Voce esta começando a seguir um linha que curto muito.
Só queria que soltasse mais as palavras, as vulgarizassem, baixasse o nível, tornando-as mais excitantes. EXCITANTE! Literalmente.
Não necessariamente perdendo sua poesia.
Nesse dia, pode dedicar pra mim.
Vai lá irmaozinho!
hehe
A gente se perde,
ou se acha
na LINGUAgem
ou
na FALTA dela.
Não há de comportar um gigante das palavras na falta de um pequeno Une-verso.
beijos em ti, Max.
Você é muito bom meu caro.
O café tem dessas coisas... deixa-nos assim...
Prazer ... denso, profundo e entranhado prazer! Foi o q senti lendo teus versos neurais e pantanosos. Os vocábulos bem escolhidos, os jogos semânticos, os versos bem construídos fazem do poeta o punhal com qualidade suficiente para furar o coração das gentes, como já dizia um amigo e poeta que tenho comigo hehehe.
Cara, ler-te é um enorme prazer, amigo e irmão em poesia! Abraços!
Quando se pensava que seriam 14 foram 15...
Baião, nem precisa comentar isso: mesmo se ele for vulgar, não perde a "compostura".
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