22 de abril de 2008

COCHILO

Cochilo

Cavaleiro medieval a vagar no metrô.
Meu pênis e meu tênis vermelho
Caminham à luz no fim do túnel.
Robô. Sou, você também.

Minha mecânica não é complexa,
Nem devassa. Preciso só trocar
Um pouco de óleo no barril - anil.
Preciso só de uma coisa pra amar.

Filho bastardo de pais ingratos,
Pago com ingratidão a “sofridão” chorada
E gozo em teu voraz libido vinagre.
Horror. Sou você também.

Não há beijo que me acorde nem vintém que me pague.

(Max da Fonseca)

2 comentários:

Thiers Rimbaud disse...

Era um bando de homens horriveis, homens de alma policial, todos exceto Remi e eu... to lendo "On the Road".. e por falar em tênis eu me lembrei do livro..rs..
Seu pernicioso -
"....Minha mecânica não é complexa,
Nem devassa. Preciso só trocar
Um pouco de óleo no barril - anil.
Preciso só de uma coisa pra amar...."

Adorei essa coisa insólita, inexplicável, in coerente...

bacios( é c um C apenas)

Fabrício de Queiroz disse...

Sou as partes mecânicas desse metrô, sou também a pesso solitário passando pelos vagões vazio... sou também "você".

Ainda se percebe que, no fundo, o horizonte é a resposta de muitos; percebe-se também que todos vendem suas almas "em um restaurante", que se fica perdido... é triste quando nos damos conta, como diz o poeta, que, e TODO final, estamos sempre cansados, felizes ou tristes, pensativos ou preguiçosos... mas, sempre cansados.

Estava devendo uma visita cara,
Forte abraço.


A Xícara está de pé!