14 de março de 2008

Força Bruta


Oh deus celeste plasmático, me salva do ócio
Me salva do acaso... Prostro-me de joelhos
-Ou deitado- Não importa a posição...
A adoração é suprema e a divindade irrevogável!

Acomodado em minha preguiça: pecado regenerado
Eu vou do inferno ao paraíso em botões; não há rosas
Oh, sou sortudo ou coitado... Mas não sou só, tenho o pó
E a deus em minha companhia... Haja supremacia, louve a tecnologia.

Deus evoluído ao colorido, mas há racismo...
Tomo minhas medidas, drásticas saídas: ajusto a saturação
E saturado lhe faço ora preto, ora branco...
Oh deus, também vos ensino em lição.

Sou eu quem lhe define o brilho – Dou-te a candura,
Mas se não aprendes e persistes em errônea clausura
Sinto, mas me faço infiel. -sou maldito! -sou banal!
E te conserto à força, nem que, para isso, tenha que trocar de canal.

(Max da Fonseca)

5 comentários:

f. disse...

Finalmente um local em que as suas poesias estão com um ar mais maduro.
Adorei.
Beijos, meu caro poeta.

Thiers Rimbaud disse...

Diálogo plasmático, entre deus e o demônio( Max). Max determina até onde um deus pode cuspir. Conlcuimos; não muito longe, sua prancha alcança uma altura e deus fica tonto... Como pode este garota vir dar-me ordens?

Fabrício de Queiroz disse...

Deve haver um homem enfiado na cabeça da TV e, tanta tecnologia enfiada nisso que esta vazando por cima, além dos céus.
E pra você observar com Força Bruta é interessante: Deus pode estar certo ou errado, sobre uma mesma coisa.

Lucinha Valois disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Lucinha Valois disse...

Não adianta... Qdo lemos poemas de amor sempre pensamos... "Isso é exatamente o que queria dizer"... rsrsr
Frase nada original, mas o amor tbm não o é nem por isso deixamos de amar... Por essa razão , tbm não resisto em isso dizer...

Amei o seu poema!!!
bjaum,
Lú Valois


A Xícara está de pé!