Preciso de mais óleo.
O meu corpo de robô
já não me cabe,
A velha dor,
já tão doída,
hoje é calejada
e pancada por pancada
me faz rir.
-às vezes choro.
Tentam me convencer
que sou uma ferramenta:
matéria-prima de um mundo decadente.
Não sou demente, por meu pai
e sua sábia educação.
Não me permito ser.
Eu observo,
Vejo tudo que planejam contra nós,
Desconfio de um complô.
E como todo mau robô,
(que sou)
Emperro na porta de entrada.
Faço greve,
ou qualquer gesto
que contamine consciência.
Incendeio a bandeira;
limpo a merda com dinheiro
e dou descarga nisso tudo.
Eu quero é ser feliz,
não consumidor.
Nego minha condição.
Nego todos os patrões;
nego todos os ladrões...
-só os loucos dizem sim!
(Max da Fonseca)
@ mail para MAIAKOVSKY
Há 5 anos
5 comentários:
Pós-moderno contemporâneo.
Nova geração.
Poesia de aço.
Voz do cangaço
E do proletario.
Vamos nós!
... e os certos dizem não.
haja ousadia e tristeza.
urbano e lindo.
adorei isso aqui
pois é.. pos moderno.. pra quem não gosta do modernismo.. e sabe, o pós modernismo não é um rompimento com o modernismo e sim uam intensificação, tanto que muitos estudiosos do assunto chamam sobremodernidade ao invés de pos-modernidade
"Tentam me convencer
que sou uma ferramenta:
matéria-prima de um mundo decadente."
fantástico heim?
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